Trinta anos em termos temporais é um período substancial,
passível de grandes mutações sociais económicas e politicas.
Portugal com a sua adesão ao conjunto dos Países que
formavam a EU, sujeitou-se a todas as influências e consequências, (positivas e
negativas), que tal medida implicava! Pessoalmente tenho para mim que houveram
coisas muito positivas e que no saldo final, suplantam largamente as menos
positivas! Portugal modernizou-se nas suas infraestruturas rodoviárias, portos
e mesmo no parque imobiliário, conseguindo nivelar-se com os países mais ricos,
pelo menos nas oportunidades de competir com os seus produtos nacionais em
condições mais satisfatórias, vinhos azeites têxteis e calçado conseguiram
manter e ainda melhorara os seus desempenhos, apesar da crescente e muitas
vezes desleal concorrência dos países asiáticos e fora do espaço europeu!
Em termos políticos continua a alternância sempre possível,
apesar do crescente desinteresse de muitos portugueses pela sua participação
cívica nos momentos das escolhas, (leia-se eleições)! A nossa classe política
está a perder o “gás”, tomando apenas como principal objetivo a sua permanência
no Poder, esquecendo muitas vezes aqueles que os colocam lá com o seu voto!
Outros fazem da Politica um modo de vida, de entidade patronal que lhe assegura
o ordenado e respetivos aditamentos! Este lado negro dos nossos ideais de
prática politica e de Cidadania, deveria ser mais “estimado” pelos nossos artistas
dos Partidos! Estabelecer uma alternância dentro dos próprios Partidos, não
permitindo anos e anos de eminencias pardas sempre a condicionar as novas
ideias!
Após a crise económica e recessão mundial que nos atingiu e a
partir de 2009, as coisas tem andado em sobressalto, com resgastes económicos,
Troicas, FMIS e quejandos, que nos tem obrigado a grandes sacrifícios e ainda
não se vislumbrando a luz ao fundo do túnel para novas alvoradas!
Mas pelo menos de uma coisa estou certo: Esta luta sobre a
Democracia vale sempre a pena em contraponto com as outras alternativas que nos
esperariam, se não soubermos preservar as nossas conquistas de uma Cidadania
plena, suportada em Valores dignos e justos! Para nos alertar é só olhar para o
continente africano e no médio Oriente, para citar apenas estes dois e
verificar o que teríamos como alternativa!
Estimemos então tudo aquilo que temos e que a palavra
Democracia não seja apenas mais um chavão, mas sim o significado de uma
vivência digna e livre!
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