terça-feira, 4 de novembro de 2014

Escrevo este texto após tomar conhecimento da inusitada decisão por parte do governo de Timor, ordenando a expulsão de dezenas de funcionários judiciais que estavam em Díli ao serviço do governo timorense, num espaço temporal de quarenta e oito horas. Entre estes estão sete portugueses, o que alertou Portugal para algo estranho! Uma das razões enunciadas pelo governo timorense é de que as competências destes funcionários são insuficientes para realizar o seu trabalho na área da Justiça!
Dá que pensar, na verdade este veredito logo a seguir à publicação de leis em diário da república timorense e que põem em causa alguns procedimentos menos “democráticos” na gestão da causa pública. E ontem, foi revelado por um outro magistrado português que algo parecido lhe tinha acontecido em 2007, ou seja, foi expulso de Timor, por na altura o seu trabalho não ter sido apreciado pelos governantes de Timor.

Eu fico dececionado, como português, apoiante dos destinos e anseios do Povo timorense, ver este tipo de gestos, digno de uma ditadura ou regime ditatorial, de terceira classe, tentando calar vozes incómodas com estes pretextos tão serôdios…
Mexer com interesses instalados é sempre muito complicado, eu sei, mas Timor com estes procedimentos abre portas muito complicadas e que aqueles que vivem da má gestão e da corrupção, agradecem!
 Não deixo no entanto de realçar que os Timorenses devem tomar os seus destinos nas suas próprias mãos, tem de ser assim, mas dispensavam-se estes atos deselegantes, feitos de um momento para o outro!
Só desejo que o Governo Português consiga analisar com muita verdade tudo o que está por detrás esta decisão de Timor e agir em conformidade!
A Cooperação só deve efetuar-se com quem quer e não com ao que não desejam ser ajudados…
Aguardemos pelos próximos capítulos!


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