Escrevo este texto após tomar conhecimento da inusitada
decisão por parte do governo de Timor, ordenando a expulsão de dezenas de
funcionários judiciais que estavam em Díli ao serviço do governo timorense, num
espaço temporal de quarenta e oito horas. Entre estes estão sete portugueses, o que alertou Portugal para algo estranho! Uma das razões enunciadas pelo governo
timorense é de que as competências destes funcionários são insuficientes para
realizar o seu trabalho na área da Justiça!
Dá que pensar, na verdade este veredito logo a seguir à
publicação de leis em diário da república timorense e que põem em causa alguns
procedimentos menos “democráticos” na gestão da causa pública. E ontem, foi
revelado por um outro magistrado português que algo parecido lhe tinha acontecido em
2007, ou seja, foi expulso de Timor, por na altura o seu trabalho não ter sido
apreciado pelos governantes de Timor.
Eu fico dececionado, como português, apoiante dos destinos e
anseios do Povo timorense, ver este tipo de gestos, digno de uma ditadura ou
regime ditatorial, de terceira classe, tentando calar vozes incómodas com estes
pretextos tão serôdios…
Mexer com interesses instalados é sempre muito complicado,
eu sei, mas Timor com estes procedimentos abre portas muito complicadas e que
aqueles que vivem da má gestão e da corrupção, agradecem!
Não deixo no entanto
de realçar que os Timorenses devem tomar os seus destinos nas suas próprias
mãos, tem de ser assim, mas dispensavam-se estes atos deselegantes, feitos de
um momento para o outro!
Só desejo que o Governo Português consiga analisar com muita
verdade tudo o que está por detrás esta decisão de Timor e agir em
conformidade!
A Cooperação só deve efetuar-se com quem quer e não com ao
que não desejam ser ajudados…
Aguardemos pelos próximos capítulos!
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