Na
vida de todos Nós as afetividades e amores, fazem parte fundamental da nossa
razão de existir. Eu nunca o esqueço e deixo-me conduzir calma ou vigorosamente
conforme as circunstâncias o exigem. Ser humano que viva sem estas premissas
não pode ser feliz. Impossível!
Nas
nossas atividades profissionais ou de simples contacto social, essa matriz é a
base que sustenta o êxito ou sucesso perante os desafios com que nos deparamos.
Ao realizarmos uma atividade que tenha importância para nós e para os outros o
sentido, de, ou resultado final enche-nos de satisfação, fazemos parte da
equipa, sem sermos insubstituíveis, somos parte do conjunto, entendem, caros
amigos (as)?
Incomoda-me
o abandono daqueles que por vicissitudes próprias ou consequência do declínio
da saúde, física ou mental, são deixados para trás porque perderam a pedalada e
não paramos para os ajudar a recuperar para junto do pelotão da frente. É
intolerável que se abandonem pessoas nos hospitais, em especial as mais idosas,
como ainda há dias vi em mais uma reportagem da TV e consigam ficar indiferentes
à sua desdita. Percebem porque eu digo que viver sem afetos é o mesmo que ser
“zombie”? Façamos dos nossos atos por mais simples que sejam, um modo de
influenciar outros e nós próprios de um modo positivo. Ajudar a atravessar a
rua a uma pessoa com dificuldades de locomoção, é um exemplo. Querem outro? Eu
por norma não dou esmola a pedintes, daqueles do gênero com cartazes e com
“ajuda” de infelizes crianças para compor o cenário… Mas já não resisto a dar
àquele tocador de violino que entra pelo café dentro onde eu (e os outros)
estou a ler ou tomar o meu café, e vem tocando uma música qualquer mas com
apreciável jeito para a função e eu considero que ele é merecedor de melhor sorte!
Querem ainda mais um outro exemplo para finalizar esta crônica já um pouco
longa? Eu tive um periquito em casa de nome Pauli, e como é conveniente, dentro
dos limites caseiros. De vez em quando eu tirava-o da gaiola e ele esvoaçava
alegre e vindo repetidamente ao nosso encontro e pousava sem medo nas nossas mãos deixando-se apanhar sem qualquer receio. Pois não é que eu uma vez sonhei
que ele tinha fugido para a rua e eu fui atrás dele em desespero e ele dando
uns voos voltou para as minhas mãos e eu senti-me muito bem e aliviado. Isto são afetos… necessários, tão simples como nós pessoas, precisamos!Façam o favor de ser felizes!